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A carta

Sem dó eu sou ferida.
Dentro daquilo que chamam de corpo sou muito machucada.
Tenho em mim as marcas da violência,
deixadas pelo o homem a quem me tem como serva.
Em mim entranham-se profundas raizes,
Que muitas veses sufocam a vida,
ou á deixa livre.
È assim que sou tratada,
Simplesmente sou depresada depóis de usada.
Sou vista pelo o que me fazem aparentar.
Muitas veses sou douzela outras prostituta.
Mas o que cabe a ti perguntar,
por que falo eu da vida que vivo,se sou completamente morta ?
Não tenho alma a prestar, por que nao sou homem e nem mulher
Sou apenas uma CARTA.
Por (João Paulo Sena)

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